Qualquer um de nós poderia fazer parte do elenco da peça Toc Toc, em cartaz no Teatro Gazeta, em São Paulo. A peça trata do encontro de algumas pessoas na ante-sala do consultório de um psiquiatra, famoso por tratar doenças psicológicas com grande sucesso. Cada paciente que chega vai apresentando seu problema: um deles, um senhor de idade já avançada, tem uma estranha doença que o faz, de repente, gritar diversos palavrões, ofendendo qualquer pessoa que esteja ao lado. Não é intencional, é como um espasmo, um acesso de raiva.
Outro é um taxista que não pára de fazer contas. Tudo é motivo para somar números, quantificar, subtrair, dividir... sua doença é olhar para qualquer coisa, seja um piso quadriculado ou uma persiana com várias peças, para logo começar a contar... as horas então, são as principais ferramentas desse estranho costume.
E assim vão chegando outros pacientes, enquanto o médico nada de aparecer. Enquanto aguardam o médico, todos ficam impacientes e começam a confessar seus problemas de saúde, suas dificuldades com a doença. Aos poucos vão se conhecendo e tornando aquele momento uma oportunidade de relacionamento e até reconhecimento de que, todos temos problemas.
O final é surpreendente porque mostra a capacidade do ser humano em superar suas dificuldades e rir de sua própria desgraça. Rir de si mesmo parece ser a melhor maneira de encarar aquelas manias que todo mundo tem. Não se levar tão a sério na busca pelo sucesso, e procurar aceitar mais as pessoas como elas são. (Diria uma velha música de Renato Russo).
Parece ser esta a principal mensagem da peça. Ninguém está livre de cultivar uma mania, um jeito diferente ou mesmo adquirir uma doença, mas todos podemos conviver em harmonia se houver mais tolerância e amizade.
Dario Reys
Outro é um taxista que não pára de fazer contas. Tudo é motivo para somar números, quantificar, subtrair, dividir... sua doença é olhar para qualquer coisa, seja um piso quadriculado ou uma persiana com várias peças, para logo começar a contar... as horas então, são as principais ferramentas desse estranho costume.
E assim vão chegando outros pacientes, enquanto o médico nada de aparecer. Enquanto aguardam o médico, todos ficam impacientes e começam a confessar seus problemas de saúde, suas dificuldades com a doença. Aos poucos vão se conhecendo e tornando aquele momento uma oportunidade de relacionamento e até reconhecimento de que, todos temos problemas.
O final é surpreendente porque mostra a capacidade do ser humano em superar suas dificuldades e rir de sua própria desgraça. Rir de si mesmo parece ser a melhor maneira de encarar aquelas manias que todo mundo tem. Não se levar tão a sério na busca pelo sucesso, e procurar aceitar mais as pessoas como elas são. (Diria uma velha música de Renato Russo).
Parece ser esta a principal mensagem da peça. Ninguém está livre de cultivar uma mania, um jeito diferente ou mesmo adquirir uma doença, mas todos podemos conviver em harmonia se houver mais tolerância e amizade.
Dario Reys