terça-feira, 18 de outubro de 2011

Tropa de Elite é candidato ao Oscar


Para delírio geral da galera, Tropa de Elite 2 foi o filme escolhido para concorrer a uma vaga na categoria Melhor Filme Estrangeiro, no prêmio dos melhores do Cinema, Oscar 2012. A decisão pela produção de José Padilha foi feita pela Comissão Especial de Seleção, que se reuniu no último dia 20 de setembro, no Palácio Gustavo Capanema, no centro do Rio de Janeiro.
A sequência da história de Capitão Nascimento, personagem de Wagner Moura, disputou a indicação com outros 15 filmes nacionais, entre eles "Bruna Surfistinha", "Assalto ao Banco Central", "Lope" e "Malu de Bicicleta". Em 2010, "Lula, o Filho do Brasil" foi o longa selecionado, mas não conseguiu concorrer ao prêmio.
A Comissão Especial de Seleção é formada pelo seguintes nomes: Ana Paula Dourado Santana, secretária do audiovisual do Ministério da Cultura; Carlos Eduardo Carvalho Pacheco, presidente da Associação Brasileira de Cinematografia; George Torquato Firmeza, ministro do Departamento Cultural do Itamaraty; e pelos representantes da Academia Brasileira de Cinema, Jorge Humberto de Freitas Peregrino, Nelson Hoineff, Roberto Farias e Silvia Maria Sachs Rabello.
Eddie Murphy será o apresentador desta 84ª edição do maior prêmio de cinema do mundo. A cerimônia acontece no dia 26 de fevereiro e a lista oficial dos indicados deve ser divulgada cerca de um mês antes da data. Não Percam!

Wesley Lindenberg

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O Labirinto dos Loucos

Qualquer um de nós poderia fazer parte do elenco da peça Toc Toc, em cartaz no Teatro Gazeta, em São Paulo. A peça trata do encontro de algumas pessoas na ante-sala do consultório de um psiquiatra, famoso por tratar doenças psicológicas com grande sucesso. Cada paciente que chega vai apresentando seu problema: um deles, um senhor de idade já avançada, tem uma estranha doença que o faz, de repente, gritar diversos palavrões, ofendendo qualquer pessoa que esteja ao lado. Não é intencional, é como um espasmo, um acesso de raiva.
Outro é um taxista que não pára de fazer contas. Tudo é motivo para somar números, quantificar, subtrair, dividir... sua doença é olhar para qualquer coisa, seja um piso quadriculado ou uma persiana com várias peças, para logo começar a contar... as horas então, são as principais ferramentas desse estranho costume.
E assim vão chegando outros pacientes, enquanto o médico nada de aparecer. Enquanto aguardam o médico, todos ficam impacientes e começam a confessar seus problemas de saúde, suas dificuldades com a doença. Aos poucos vão se conhecendo e tornando aquele momento uma oportunidade de relacionamento e até reconhecimento de que, todos temos problemas.
O final é surpreendente porque mostra a capacidade do ser humano em superar suas dificuldades e rir de sua própria desgraça. Rir de si mesmo parece ser a melhor maneira de encarar aquelas manias que todo mundo tem. Não se levar tão a sério na busca pelo sucesso, e procurar aceitar mais as pessoas como elas são. (Diria uma velha música de Renato Russo).
Parece ser esta a principal mensagem da peça. Ninguém está livre de cultivar uma mania, um jeito diferente ou mesmo adquirir uma doença, mas todos podemos conviver em harmonia se houver mais tolerância e amizade.


Dario Reys

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Entrevista com ex- boxeador Nilson Garrido

Nilson Garrido, um ex-boxeador 52, natural de Olinda-PE, é pai de dois filhos, campeão paulista, brasileiro e intermunicipal. Nilson ou “Garrido” como prefere ser chamado, resolveu montar uma academia de boxe debaixo de um viaduto no bairro do Bexiga, (região central), e outra debaixo de um viaduto na avenida Alcantara Machano, no bairro do Brás.


Diário da Cultura: Há quanto tempo você tem esse projeto?

Garrido: O projeto tem oito anos e começou na Rua Santo Antonio, mudamos para a Avanhandava por causa da reforma no viaduto Santo Antonio.

Diário da Cultura: Como surgiu a idéia de montar uma academia embaixo do viaduto?

Garrido:  A idéia surgiu quando eu trabalhava de segurança no Vale do Anhangabaú, e vi um garoto sendo espancado por policiais militares e eu não pude ajudá-lo.

Diário da Cultura: Que tipos de investimentos você recebeu no inicio do projeto?

Garrido: Comecei com geladeira, pneus, ferro velho e amortecedor de caminhão, mas o projeto não é auto-sustentável por isso, necessitamos de doações.

Diário da Cultura: Como a população da região reagiu ao ver uma academia embaixo de um viaduto?

Garrido: Primeiramente foi um choque! Porque quando se fala de viaduto, todos pensam que é um submundo, houve muitas dificuldades, era o mundo contra um, mais na verdade era um contra o mundo.


Diário da Cultura: Qual é o intuito do projeto? Tirar as crianças da rua ou formar atletas?

Garrido: Olha. O projeto visa re-socializar as pessoas, não visa formar atletas mais campeões, pois na medida em que uma criança deixa de usar drogas, ela já é um campeão, pois um campeão você forma todo dias, toda hora, a cada minuto.

Diário da Cultura: Quem é o Garrido?

Garrido: Um nordestino que não é nenhum herói, somente um cidadão comum, inconformado com o que vê, com o preconceito e com a falta de informação das pessoas



sábado, 8 de outubro de 2011

CCBB promove ciclo de palestras sobre o Rock e a Filosofia


O Centro Cultural Banco do Brasil apresenta toda segunda terça-feira de cada mês, desde abril, a palestra “Filosofia do Rock” com a filósofa Márcia Tiburi e seus convidados; quase sempre jornalistas e músicos como Thedy Corrêa (líder da banda Nenhum de Nós) Kid Vinil, Simoninha, entre outros.

No ultimo dia 04 de outubro, o escritor e jornalista Nelson Motta, foi o grande convidado da noite. O tema era “Rolling Stones e as Filosofias Negativas”, nesse encontro foi debatido a mística negativa , a profanação e o prazer do corpo relacionando com as musicas da banda como Satisfaction e obras de Georges Bataille e Arthur Schopenhauer. A importância dos Stones para a musica e o comportamento de toda uma geração foram discutidos abrangendo as obras desses grandes pensadores da filosofia.

Em novembro acontecerá a última palestra com o tema “Radiohead e Nirvana, ideologia e sociedade do espetáculo” com a participação de Thedy Correa, que esteve em outros debates. Vão ser discutidos a melancolia exposta no rock dos anos 1990 com o afeto profundo da sociedade tecnológica e globalizada. Para quem quiser acompanhar esse último encontro, o debate vai acontecer no dia 08, a partir das 19h30.

Wellington Vicente Moreira

Serviço: Centro Cultural Banco do Brasil
              Rua Álvares Penteado, 112 - Centro (veja o mapa)
              Fone: (11) 3113-3651

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A ironia que provoca nossas opiniões


A poesia está guardada nas palavras - é tudo que eu sei. Meu fado é o de não entender quase tudo. Sobre o nada eu tenho profundidades. Não cultivo conexões com o real. Para mim, poderoso não é aquele que descobre ouro, Poderoso para mim é aquele que descobre as insignificâncias do mundo e as nossas. Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil. Fiquei muito emocionado e chorei. Sou fraco para elogios. De Manoel de Barros

Este é um poema que pode iniciar qualquer um dos programas de Provocações, atração das 23horas das terças-feiras na TV Cultura. Apresentado por Antonio Abujamra, ator conhecido por sua irreverência e humor sarcástico, que veio do teatro amador, é um programa que cultua o contraditório com um misto de pessimismo e liberdade poética.

Os convidados de Abujamra sentam-se bem à frente do apresentador, sempre em close, em uma sala à meia-luz, dispostos a enfrentar perguntas que se pretendem diretas e incisivas. Abujamra não desperdiça polêmicas e, apesar de deixar seus interlocutores à vontade, procura sempre extrair os pontos-de-vista mais profundos, buscando a verdade de seus entrevistados.

Por alí já passaram os mais controversos atores, autores, artistas, pensadores, filósofos, cantores, ou quem mais tenha uma mensagem diferente para transmitir. Em uma programação que prima pelos realitys, violência e novelas, essa pode ser uma boa opção para o seu fim de noite. Vale a pena conferir as Provocações que trazem muita cultura e reflexão.

Dario Reys

Mundo da TV

Notas

O jornalista Renato Machado, depois de 15 anos como âncora do jornal “Bom dia Brasil” da rede Globo de Televisão, agora vai ser correspondente especial em Londres. Renato terá uma coluna semanal no Jornal da Globo e será também o correspondente internacional do “Bom dia Brasil”.


Outra mudança no jornalismo da Globo, acontece no SPTV. A jornalista Mariana Godoy, deixa o noticiário do meio-dia para fazer parte da grade da Globo News (canal a cabo Globosat). Mariana será âncora do Jornal da Dez da TV Paga, em São Paulo, enquanto André Triqueiro segue apresentando o jornal do Rio e João Borges, direto de Brasilia.


Ocupando o lugar de Renato Machado, entra Chico Pinheiro como novo apresentador do Bom dia Brasil. Depois de 13 anos à frente do SPTV, Chico volta a ancorar o telejornal pelo qual teve uma passagem em 1996.

Wellington Vicente Moreira

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Documentário narra à história do vocalista da banda mais pesada do planeta





Lemmy, do Motorhead, não é só o vocalista de uma banda de 38 anos de carreira, mas ele junto com Ozzy Osbourne, são duas lendas vivas do rock and roll.No documentário, “Lemmy, 49% motherf**ter. 51% son of a bitch” mostra como vive esse grande vocalista e sua importância para a musica pesada.

Com depoimentos de Ozzy, James Hetfield, do Metalica, Slash, Dave Grohl, entre outros roqueiros, todos são unanimes em dizer qual o significado de Lemmy, para o rock and roll.Como roadie de Jimi Hendrix, nos anos de 1960 Lemmy, já pensava em ter sua própria banda e para fazer seu próprio som.

O que ele não imaginava, o quanto a sua banda influenciaria outras bandas por todo o mundo e ainda junto com o Black Sabbath, eles começariam uma nova vertente no mundo do rock, o “ Heavy Metal”.Morando em um pequeno apartamento em Hollywood, em Los Angeles nos EUA, os documentaristas mostram como é o dia a dia do vocalista e bastidores de shows.O mais incrível é ver como um senhor de 63 anos, consegue sobreviver tanto tempo no mundo do rock, mesmo com abusos em álcool e drogas, e ainda ter uma certa dose de energia a cada ano que passa.

Os fãs de Heavy Metal em geral, e não só os fanáticos pelo Motorhead, provavelmente vão gostar desse documentário, pois nele mostra o lado humano de uma lenda viva do rock, além de diversos depoimentos de vários integrantes de diversas bandas, que de um jeito ou de outro sofreram influências de Lemmy e do som pesado e rasgado do Motorhead.Sem contar que no próprio documentário, o vocalista e os demais integrantes banda lembraram que, quando eles começaram no inicio da década de setenta, eram considerados a pior banda do mundo.

Wellington Vicente Moreira